28.10.14

CNH



Este é um documento fundamental para nossa mobilidade urbana, contudo não basta possuí-lo, devemos renová-lo a cada cinco anos, ou três anos, se idosos (acima de 65 anos). Há também casos especiais onde o médico determina a validade.
Vencido o prazo de validade do exame médico, o portador da CNH tem 30 dias para providenciar sua renovação. Se for pego ao volante após esse prazo, será autuado por infração gravíssima.
Eu, consciente portadora de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) relacionado apenas à organização temporal, já estou a dois meses com este grilinho zumbindo em meu cérebro.
A minha vence em 25 de novembro, e na sexta-feira fui renová-la no "Poupatempo". Impossível,  pois estava a trinta e um dias do vencimento. Apenas se renova a CNH com trinta dias de antecedência. Voltei ontem e tudo se resolveu.
A pouco, o carteiro engraçadinho me abana uma "cartinha" do DETRAN. Gelei! Pensei que fosse minha primeira multa. Era o providencial aviso de renovação. Parabéns ao DETRAN pela eficiência!

Consumo consciente

O fim de ano se aproxima, o décimo terceiro salário também; as compras em exagero são convidativas, sedutoras até. O apelo comercial encontra-se a qualquer esquina e ao alcance de qualquer clic internético.
É justamente neste momento que antecede a confecção de listas de presentes, onde devemos exercer nosso pensamento argumentativo, ponderando diversas variantes.
A aplicação correta de um dinheiro suado; a preocupação com o esgotamento de recursos naturais; a geração excessiva de lixo; a educação pela cultura do consumismo, sobretudo quando há crianças envolvidas.
Será que acabou? Temos ainda que nos preocupar com as formas de elaboração e a região em que se produz cada item da lista. Mão de obra infantil; poluição excessiva e consumo exagerado de água na linha de produção; bem estar dos colaboradores.
E em pleno século XXI também devem estar prementes consideraçõe voltadas ao trabalho escravo, que infelizmente só não enxergam os insensíveis...
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27.10.14

Bonitão sorridente

Desde o 1º turno das eleições, uma velhinha de 83 anos da sessão onde trabalho fazia questão de votar neste candidato. Ao aparecer a foto, ela expelia um gritinho de satisfação. E foi assim que o  mesmo ficou apelidado...
Bem, parece que o "Bonitão Sorridente" não fez devidamente a lição de casa e o preço foi pago! Nem todos escolhem um candidato por ser "Bonitão Sorridente" ou "magrelinha", e santo de casa precisa caprichar nos milagres.
Acontece que o voto não é um instrumento democrático, é absolutamente instrumento de poder - quem detém a maioria sempre vence.
Na quinta-feira, fiz um gráfico de cores com os miúdos e estrategicamente iniciei a votação. Escolhi a cor verde, dizendo ser minha "favorita, predileta e preferida"; fiz a maior propaganda em favor desta cor. Adivinha qual ganhou?
Após passar os dados do gráfico para uma tabela, não fiz a análise matemática habitual sobre os resultados. Fiz questão de debater com eles justamente sobre o que levou a cor verde a ser vitoriosa, sendo que já fizemos gráfico de cores e o verde recebera votação inexpressiva.
Neste nano espaço debatemos sobre o quanto podemos ser influenciáveis, visto que quando não opino e nem voto, a turma tende a votar no item que está ganhando, mesmo que não seja seu preferido. Segue a massa no ensejo de fazer parte dos vencedores.
Se o voto é um poderoso instrumento de poder, quais instrumentos seriam mais democráticos? Possivelmente o diálogo inteligente, o debate de ideias maduras, o consenso entre grupos opostos, um acordo avançado onde ambas as partes cedem em prol do bem comum.
Espero sinceramente que as alianças futuras favoreçam atitudes democráticas que transcendam a política partidária e  avancem em prol do Brasil como um todo.
É importante salientar que temos uma preciosa janela de oportunidades até a meados da década de 2030, com um balanço equilibrado entre o número de crianças e idosos para serem sustentados pelos economicamente ativos.
Justamente neste período deveremos fazer reserva financeira, sobretudo em prol da Previdência Social. Fechada esta janela, poderemos declinar para um país de idosos, com todas as implicações sociais, econômicas e de saúde pública daí decorrentes.
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25.10.14

Adipócitos

Servem para armazenar gordura, sendo utilizadas paulatinamente entre as refeições, regular a temperatura corporal (isolamento térmico) e modelamento do corpo, sendo responsável pelas diferenças de contorno entre homens e mulheres, ligadas às características sexuais secundárias. 
Também forma almofadas que absorvem choques (nas palmas das mãos, planta dos pés, nádegas, joelhos), faz o preenchimento de locais entre órgãos e sua sustentação, além de secretar diversos hormônios importantes.
A famosa gordura abdominal, precursora da síndrome metabólica é repleta desses "saquinhos de gordura" que se fundem em grandes gotas..
Sua cor varia com a quantidade de caroteno da dieta e seu acúmulo se deve ao excesso de calorias na nutrição.
São os famosos triglicerídeos (três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol). Com exercícios físicos podemos queimá-los, através da liberação de hormônios no sangue, não necessariamente exercícios localizados.
Obesos podem apresentar doenças articulares, hipertensão arterial, diabete, aterosclerose, enfarte do miocárdio e isquemia cerebral. 
Outros ácidos graxos armazenados pelos adipócitos são: colesterol, retinol, prostanoides e hormônios esteroides, colhidos através da alimentação e da glicose. Após 30 h de jejum terminam as reservas de glicose muscular e o organismo passa a utilizar esta reserva, e mais tarde, proteínas.
Ao contrário da queima, a obesidade torna-se um distúrbio bastante prejudicial ao organismo, costuma encurtar a vida além de prejudicar sua qualidade geral .

Canola

Antigamente eu pensava que "canola" fosse uma planta: óleo de girassol vem do girassol; óleo de soja vem da soja; óleo de dendê ou de palma vem da palmeira dendê - um coquinho (e não azeite, que é de azeitona).
Não! Canola é uma invenção tecnológica aperfeiçoada no Canadá, uma marca de óleo que se generalizou. 
É um óleo modificado da brássica colsa.. Dizendo a grosso modo, sementinhas de mostarda melhoradas através de cruzamentos, onde o teor de ácido erúcico (uma modalidade de ômega 9 que possivelmente atacaria o coração) é menor. De óleo lubrificante passou a comestível.
Minha tia usa e endeusa enfaticamente a canola justamente por acreditar fazer bem ao coração... e na outra ponta, grupos mais radicais consideram-na artificial e até mesmo maléfica. Cadê o meio termo?
Enfim, controvérsias à parte, uma grande jogada de marketing elevou sua reputação como um óleo saudável acima de qualquer outro e de qualquer suspeita. Mas ela pode ser tão transgênica quanto a soja, envolvendo aquela empresa "M...", apesar de ser comercializada a um custo bem maior.
Talvez a solução para tantos impasses seja mesmo diminuir e variar ao máximo o consumo de óleos, intensificando exercícios físicos. A qualquer hora poderão encontrar / colocar "defeitos" até mesmo no tão afamado azeite extra virgem!
Aliás, o termo "azeite de oliva" é uma nomenclatura estranha... ou deveríamos dizer simplesmente azeite (da azeitona) ou então óleo de oliva (da oliveira), ambos designando o mesmo produto.

Sulforafano e as brássicas

Sulforafano trata-se de uma substância encontrada em abundância no brócolis, que além de prevenir certos casos de câncer (se aliado ao licopeno), inibe a proliferação da Helicobacter Pylori, a resistente bactéria estomacal que provoca gastrite e úlcera, se fugir ao controle. 
Em menor quantidade, a substância também é encontrada em outras brássicas, veja acima; porém não devem ser ingeridas em excesso por precaução à tireoide: possuem grande quantidade do antinutriente goitrogen, um glicosinolato. 
Eu uso as brássicas com moderação no suco verde (cruas), nas refeições consumo-as preferencialmente cozidas para diminuir os efeitos dos antinutrientes. Nunca mais a incômoda gastrite (com dor de vacuidade) me acordou às 2 h 00 da madrugada.
Sem neura, ponderando excesso e temperança, podemos nos beneficiar de alimentos saudáveis, sem intoxicar o organismo com seus veneninhos, que servem de proteção a eles.
Goiaba, folha de goiabeira, canela e cítrus com cascas, além da alimentação a cada três horas intercalada com água, também ajudam a manter a bactéria em colônias aceitáveis.

Tomara que chova...

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... dez dias sem parar!
As consequências deste ano emurchecido pelos baixos índices pluviométricos ainda continuarão por 2015: a safra de café já está comprometida; a cana está com gomos tão enxutos que encurtou-se a safra; atrasou-se o período geral de plantio (onerando futuros alimentos); o gado sem pastagens está magro (carne e leite caros). 
Após quase quarenta graus na semana anterior, esta semana foi mais fresca. Ontem foi exceção, a tarde se aqueceu para trazer um chuvisqueiro intermitente desde o início da madrugada. O céu está carregado e a previsão é que verta água dos céus até a noite de amanhã.
Nosso sagrado rio "Jaguari Mirim" resistiu bravamente, apesar de minguado. As cidades vizinhas estão racionando água a tempos e nós, apesar da economia, não tivemos um momento sequer de torneiras secas.
Águas da Prata sofreu uma pane hídrica aguda nos dias 10, 11 e 12 de outubro, deixando a população em polvorosa. As águas cristalinas (e minerais) que vertem dos campos secaram; a SABESP, sempre colocando "panos quentes", contornou a situação e passou a colher água do rio que corta a Cidade.
Diz a população que uma graaaaande (e conhecida) fazendeira lá do alto da serra simplesmente abriu as comportas do açude em sua propriedade num ato inconsequente. Está sendo processada - é que a terra lhe pertence, contudo a água armazenada é sempre de propriedade da Marinha, o que a incomodava... possessividade elevada ao cubo!
Se a "Rainha das Águas" chegou a este ponto de escassez, imaginem as súditas... contudo a água mineral que escorre abundantemente, sobretudo da "Fonte Vilela" (a mais radioativa do Continente - fonte), ainda abastece gratuitamente os galões de toda a vizinhança. O único risco é armazenar em casa fora de geladeira, visto que não é tratada. 
Esta chuvinha rala, sem temporais, é perfeita para reabastecer as nascentes e umectar a terra tórrida, revigorando as pastagens ressequidas e permitindo que se inicie o período de plantio (apesar de não encher represas). O final de semana, apesar das eleições (onde trabalho) será fresco e agradável, esperançoso mesmo.

16.10.14

Recesso

Minha organização temporal tem estado sofrível. Antes que entre em colapso, me ausentarei para adiantar certas pendências burocráticas. 

15.10.14

Memória Primogênita

A memória que nasce lá atrás, no primeiro "post" de meu cérebro, lá pelos quatro anos de idade, é da bolinha de borracha "crua", aquela borracha cor de carne existente à época, com que se fazia bico de mamadeira, conta-gotas e tudo mais (possivelmente era latex).
Fui com a mãe à bica d'água, que naquele tempo situava-se no taboal, abaixo da horta do Vovô. E naquele alagado, sem mais ou menos, ela voou de minhas mãozinhas, se perdendo, sumindo... 
Como pode um bem tão precioso desaparecer para sempre, e diante de nossos sentidos? Campeamos bastante, eu aos prantos. Nenhum sinal daquele ente animista, minha amiga fiel; agora provavelmente fria, em desespero e desolada.
Dói no âmago o desaparecimento! Creio ferir mais que a própria morte. Se a visse toda rasgada, estourada, seria um fim e não um infinito reticente.
Então tivemos que parar a procura, acabou-se tudo! Ttentativa de conformismo... voltar para a casinha de quatro cômodos em cruz, onde vivíamos.
Trata-se de minha única memória da bica d'água, vaga e difusa; contudo a vivacidade com que vejo, sinto e recebo o aroma de minha adorada bolinha de borracha cor de carne é atemporal!

Não consegui uma imagem sequer que se assemelhasse à bolinha...

Recordando...


 
Quando de meus oito anos, talvez, como de costume, fomos ao "pastão" colher amoras. Eu e as primas da roça; não me lembro bem exatamente os membros do grupo (talvez meu irmão, Ana, Angelita).
Não se trata de amoras quaisquer, são aquelas bem vermelhas, parecidas com moranguinhos (que nem conhecíamos, as primas da cidade é que comparavam).
O pé desta amora é um arbusto de setenta centímetros,  com flores branquinhas, e vingavam com tal vigor lá  perto da nascente, junto ao "corredor das vacas"; um aglomerado delas!
Esta amora gosta de altitude e clima mais frio, e um dos insetos mais propícios `a sua polinização é a mamangava, um inseto de três centímetros.
Ela nos era tida como inofensiva, nunca havíamos sido picadas; todavia, ao devorar amoras carnudinhas com esganadez, senti uma picada  na cintura, mais para as costas.
A dor foi tão forte! Contudo criança de roça não chora. Quando percebi que não parava de doer, afastei-me do grupo e tentei olhar: a parte que consegui enxergar por detrás da cintura, formava uma rodela vermelha nas costas, do tamanho de minha mãozinha.
Fui até a mina d'água e fiquei molhando. Amenizou, e então fui mostrar. O grupo estranhou, porque são tão dóceis!
Vivo esta cena como se fosse ontem, o susto pela vermelhidão, a dor (escondida), e o assombro pelo  inseto não ter ido com a minha cara...
Morro de saudade destas amoras, que frutificavam o ano todo. Quando vejo um pé à beira de uma estradinha (elas gostam de barranco), faço o esposo parar a moto e voo sobre elas!!! 

Imagens: Google imagens.

FEIJÃO

De molho em bastante água.com pouquin de vinagre.
Tão simples quanto fazer pão, todavia também requer tempo de espera. É muito, muito importante deixar de molho em ambiente ácido (água com xicrinha de vinagre) ao menos 8 horas, não só para ficar mais clarinho e cremoso ao final do cozimento; principalmente para amenizar os efeitos dos anti nutrientes (sobretudo lectina) presentes nos grãos.
sabe aquelas flatulências causadas pelo feijão, que significam má absorção intestinal? Fazendo assim, amenizam muito! 
Se vou cozinhar cedinho, ponho de molho antes de dormir. Se cozinharei à noite, deixo desde cedo. O ideal é bastante água, pois os grãos vão inchando. Feijão novo (acabado de arrancar da plantação) requer menos tempo. Importante escorrer a água e lavar os grãos. 
Duas variedades
Na panela de pressão, refogo alho na banha. Acrescento o feijão após afastar a panela do fogo e esfriar um pouco. Água uns três dedos acima (se os grãos estiverem inchados). Sal marinho (pouco). Para quem gosta de cebola,  uma inteira; ela se desmancha com a pressão (no feijão, eu não gosto). 
O tempo de cozimento dura cerca de 40 min., dependendo do fogo e quantidade. Eu misturo um feijão maior, ou diferente com o carioquinha (que o "Fiotão" prefere). Em um Kg de carioca, meio de outro, para cozinhar duas vezes. Feijão preto, sem mistura, vai quase um Kg de uma vez. 
Deixo apurar um pouco após destampar (acabada a pressão). Eu coloco em tigelinhas de vidro (tipo sobremesa), plástico não combina com calor. Ao esfriar, a maioria vai ao congelador cobertas com filme PVC para dez dias de sossego.
Pronto para congelar, quase sem caldo.
Não faço nada na pressão com orégano, pois pode entupir a válvula. Após tirar a pressão, quem gosta põe. Evito produtos gordurosos: bacon, linguiça; deixam o feijão gostoso, porém são calórico demais.


Dividendo demográfico


Vista aérea da cidade
Este tema me instiga, pois as professoras que lecionam para crianças maiores alertaram que neste município, o número de falecimentos vem superando os nascimentos, ou apenas empatando, dependendo do mês.
Fui buscar 2ª via da certidão de casamento (que estava desmanchando), e constatei: em setembro tivemos 84 casos de óbito e 82 nascimentos. A cidade possui cerca de 83.000 habitantes.
Não sei dizer se será bom ou ruim a médio prazo, contudo é uma inversão que reflete a tendência mundial (com exceção de certos países africanos, alguns de administração islâmica radical como Afeganistão... ).
Temos uma boa quantidade de migração nordestina para cá, contudo o advento de políticas sociais vem mantendo-os por lá e até levando alguns de volta.
Temos também muitos jovens que passam a semana fora, a trabalho ou estudo, mantendo o vínculo citadino através dos pais.
O Prefeito precisa levar em conta estes dados, passando a investir mais em políticas sociais voltadas ao idoso, como "creches" ou casas-dia.
Minha residência fica em meio a quatro creches infantis, podendo ser acessadas a pé no máximo em 15 minutos. No município todo não há sequer um local para abrigar idosos enquanto os familiares trabalham. Muitos passam o dia sozinhos, pois cuidadores geralmente custam mais que sua aposentadoria.
Na última década tem-se construídos muitas escolas, com prédios imponentes visando o período integral. Muitas casas populares estão sendo entregues, e famílias que moravam precariamente, muitas vezes em dois cômodos de fundos, agora ficarão melhor alocadas. Ao menos nessas casas há prioridade para idosos.
Temos asilos pagos (clínicas) com mensalidades em torno de cinco salários mínimos. Pouquíssimos podem pagar. A Prefeitura disponibiliza alguns centros residenciais, com casinhas individuais em alguns bairros, todavia o idoso deve cuidar-se sozinho e as vagas são limitadíssimas.
Entidades filantrópicas mantém um asilo pago, com mensalidade a partir de dois salários mínimos e a fila de espera é grande, sem contar que idoso com problemas graves de saúde não são aceitos. Há também casas individuais filantrópicas; e em todos os casos o idoso com demência é excluído.

14.10.14

Aos educandos, com carinho!

Pintando o resultado
A gente às vezes reclamas das formações, treinamentos... fica cansada com tantas atribuições. No fundo, sabemos da importância em aperfeiçoar sempre o trabalho com a criançada.
O jogo "gato malhado" explora o campo aditivo, onde as duplas jogam o dado, somam e pintam (malham) o gatinho conforme o resultado.
O ato de pintar acalma a criança e diminui a agitação característica de situação de jogo. A frase mágica "Eu te autorizo a jogar", faz com que o oponente diminua a ansiedade e aguarde sua vez prestando atenção à jogada do outro.

Somando nos dadinhos
  O objetivo principal é trabalhar Resolução de Problemas Matemáticos ao final do jogo, tudo contextualizado e com significado real. Os probleminhas são preparados previamente e adaptados à situação concreta pós-jogo. Foge daqueles clássicos problemas matemáticos de livro didático sem conexão com a realidade.
Jogando os dados com supervisão da coleguinha
Eles registram o resultado em duplas, após discussão dos resultados. Vale desenho, continha  ou qualquer forma que inventarem, desde que saibam explicar seu ponto de vista.
Geralmente eles conseguem resolver os probleminhas oralmente, e na hora do registro se perdem, não sabendo colocar devidamente no papel.  














Contando as dezenas, enquanto ela acompanha calmamente
Neste outro jogo matemático, exploramos o sistema de numeração decimal através de material concreto, também em duplas e de forma lúdica. 
Bem diferente da educação decoreba que tive. E vamos evoluindo...
Um aluno trabalha no tapetinho; o outro auxilia.
Neste 15 de outubro, parabenizo a eles que são a dádiva de nosso ofício e tanto nos enriquecem. Poderosos!

13.10.14

A Terra sem humanos

Noutro dia, revendo um daqueles documentários da History Channel "O mundo sem ninguém", fiquei a matutar. 
Focada sobretudo na arquitetura de grandes cidades, a ficção revela um mundo que floresce quase indiferente a nós, onde flora e fauna vão naturalmente assumindo papéis entre escombros.
Sempre gostei de demografia na escola, onde os professores à época da ditadura militar rasgavam preocupações (e até nos aterrorizavam) com a explosão humana pelo mundo... 
A trinta anos, quando a china tomou aquela atitude radical, restringindo a natalidade ao filho único, o mundo balançou. 
Passou-se a universalizar os métodos anticoncepcionais, o tema aborto ganhou avidência. Na escola, a Ilha de Páscoa era usada como modelo de auto destruição pelo excesso de contingente.
E num de repente, hoje países como o nosso Brasil estão com a fecundidade abaixo da taxa de substituição (1, 85 filhos por mulher), sem qualquer medida drástica implantada pelo governo. Nem mesmo o aborto é liberado e no entanto encolheremos logo, logo!
Pesquisando o tema, encontrei este gráfico, no mínimo emblemático, com uma estimativa sobre o fim de certas nacionalidades. 
Antes do ano 5000, já não haverá mais brasileiro à face da Terra... Deixaremos de existir assim tão cedo? 

Ninguém



Nem sequer um cão abandonado transita a pé neste sol escaldante: 35º, 17% de umidade do ar e índice UV extremo. De vez em quando alguém se aventura a deslocar-se descoberto pelas imediações.
Nesta rua, geralmente há movinto constante de pedestres, pois na esquina acima há um posto de saúde e uma escola; na esquina abaixo há um centro desportivo (onde eu corro).
O céu está esbranquiçado, ruço, embaçado, todavia sem nuvens, mesmo que pequenas. Há previsão de gotículas chuvosas apenas a partir do dia 19... leves pancadinhas.
As nascentes da região estão secando; várias já secaram totalmente. No quintal de minha prima, na serra, havia uma linda cachoeira que há tempos virou um lajeado pedregoso.
Os sitiantes estão canalizando água de fontes longinquas para compensar aquelas raleadas; toda a pastagem e as praças da cidade estão castanhas, terrosas.
Não me lembro de ouvir história de seca tão longa nesta região; estamos nesta estiagem desde inicio de janeiro, acumulando perdas mês a mês que não serão repostas em um ano.
Na imagem, qualquer semelhança com o deserto de Atacama, no Chile, infelizmente não é mera coincidência.

11.10.14

Gravidez


Uma mãe de aluno muito querida está grávida do quarto bebê. A tempos, eu fui professora de seu primeiro filho (foi mãe solteira). O pai do garoto auxilia e fica com ele nos fins de semana, todavia na época tive problema sério por discriminação por parte do padrasto (companheiro dela).
Trata-se de um típico caso de gravidez na adolescência / vulnerabilidade social; ela fora abandonada pela mãe e posteriormente criada por outra pessoa. Os outros filhos dela são todos do companheiro atual, porém a avalanche se fez: foi engravidando cedo, os métodos anticoncepcionais falharam, talvez por mal uso aliado à baixa escolaridade.
É uma moça miudinha, com jeitinho de menina de treze anos. Aparenta ser anêmica e está tão fraca que de agora em diante a vizinha buscará o menino na escola. Encontra-se preocupada com o peso de manter mais um filho e feliz ao mesmo tempo.
Os dois meninos dela, meu atual e meu ex aluno, são inteligentíssimos e sou convicta que tem a ver com a genética, pois o ambiente familiar não propicia estimulação precoce alguma.
Apesar da carência financeira, ela é mãe zelosa em relação aos cuidados básicos; recebe bolsa-família e a escola fornece todo o material escolar. O companheiro realiza serviços braçais e tem um sistema antiquado e machista de educar a prole.
Aqueles meninos deveriam ser tratados feito pérolas pelo poder público, pois são casos de "altas habilidades" e vulnerabilidade social ao mesmo tempo. Taí um buraco imenso na educação - tratar a todos igualitariamente. A equidade, se aplicada, faria com que alunos acima da média tivessem aulas extras e especiais como em certos países do primeiro mundo.
Caso fosse o contrário (ele não aprendesse), teria reforço escolar no período oposto e eu professora seria orientada a dar atendimento especializado em sala de aula. O nó educacional é que minhas crianças com defasagem sugam-me tanto, que aos prodígios nem sempre sobra o "algo mais".

Eleições

Enquanto o povo fica entre Aécio e Dilma, já estou preocupada com os diversos contra-tempos que podem ocorrer nesse trabalho em que não temos prática e não recebemos o devido treinamento.
É gente que não leva documento com foto e fica brigando para votar... a culpa deste impasse é do próprio TSE que não faz o documento convenientemente.
É gente que leva documento com foto e não tem título, aí não sabe a sessão e acha que temos obrigação de sair procurando de sala em sala...
É gente que vê o xis no local do 1º turno e assina inadvertidamente no local do 2º turno... aí sobra para o secretário anotar a ocorrência em Ata.
Um conhecido meu fez boletim de ocorrência contra o mesário porque um idoso ignorou o xis e assinou no lugar dele. Nesses casos, é só anotar em Ata e deixar votar normalmente; afinal, o espaço é minúsculo e os nomes próximos são sempre parecidíssimos.
Sem contar aquelas pessoas que esquecem a "cola" e ficam perguntando o número dos candidatos. Poderemos ser presos se cairmos na deles, pois é mais fácil dar cadeia nesses casos do que em caso de assassinato.
Fica uma lista quilométrica afixada do lado de fora da sessão, contudo eles não conseguem encontrar seu candidato, ficam nos pedindo caneta e papel, tumultuando a fila. Sem contar que querem travar a urna e ir em casa buscar.
A professora que leciona a meu lado, em meio a tanta confusão, entregou o documento para o eleitor errado e quase foi linchada pelo outro. Precisou acionar a polícia para tentar encontrar o tal eleitor que já tinha se retirado.
A polícia não teve reação de ajuda e então ela invadiu a secretaria da escola, achou uma lista telefônica e foi ligando p'ros parentes (pelo sobrenome). Quase infartou! Os eleitores não sabem que somos meros voluntários e não há pessoal do TRE suficiente para respaldo.
Quando é que o voto será facultativo? Quando é que votaremos pela Net?

Semana "braba"

Resultado de imagem para imagem atarefado
Domingo - doze horas de trabalho nas eleições; segunda - trabalho diurno e curso até 22 h 00; terça - lembrancinha prás crianças à noite; quarta - reunião com responsáveis; quinta - joguinhos para presentear os miúdos; sexta - às 21 h 00 praticamente desmaiei!
Semana do dia dez aumenta também o trabalho na oficina: pagar colaboradores, boletos e fornecedores; acertar toda a documentação do mês.
Acabei perdendo peso... É crucial ficar nos 62, senão o rosto pesará demais. É que o calorão voltou e água inibe a fome, e mudar meus novos bons hábitos jamais!
A próxima semana? Curso novamente na segunda, onde fui azareada sorteada com o relato reflexivo: um aluno deve relatar os principais pontos do curso anterior em forma de textos variados. O 1º eu fiz em forma de cartaz e agora será acróstico.
Terminei o tal acróstico na quinta-feira e ao imprimir acabou-se a tinta... um trabalhão levar o cartucho antiquado no centro da cidade e buscar depois. Apenas ontem à noite terminei minha preparação de aulas (semanário).
Minha cabeça não descansa enquanto não preparo devidamente as aulas para a próxima semana; costumo fazê-lo na terça e quarta-feiras e estava agoniada com o atraso forçado. É um trabalho minucioso, com muitos conteúdos a serem contemplados em cada disciplina.
E para completar, no próximo sábado teremos curso o dia todo! Mas como nem tudo está perdido, o pintor terminou meu quarto e posso comprar novos móveis (se sobrar tempo).
E a faxineira veio hoje (Oba!). É que a filha dela vem nas segundas-feiras, sua folga no salão de beleza. Segunda é mais complicado por eu ter de limpar no sábado de qualquer forma... o pintor deixou areia do lixamento por todo canto.

4.10.14

Trapoeraba

Voltando à trapoeraba, quem não tem muda é só encomendar um maço ao feirante... ele vai achar esquisito beber erva daninha, mas providenciará! É só enterrar um raminho e cuidar - vira uma touceira e vai se esparramando, é trepadeira.
A trapoeraba (commelina erecta) é amiga do sistema urinário (diurética - emagrece, anti inflamatória) e contém flavonoides importantes. Há também variedade com flores rosa e florzinhas brancas, todas comestíveis. 
Este é o cuscuz citado no post anterior: de bacalhau, temperado com trapoeraba.
 Trapoeraba num vaso do meu quintal. As belas flores são também comestíveis. Delicadíssimas.
 Aqui, ao lado da abobreira que plantei apenas para colher as folhas.
 Há também em volta deste vaso de alfavaca, consorciada com azedinha.
Há uma tese de doutoramento aqui, é só baixar o PDF no rodapé. Na página 194 fala sobre a trapoeraba. A tese no entanto, é riquíssima em espécies consumidas desde nossos indígenas. Merecem ser resgatadas por todos nós!

Alma lavada

Já corri, tomei água de limão, um banho caprichado e estudei sobre as funções de primeiro mesário. Só faço isso a cada dois anos, e fico insegura. A responsabilidade é grande.
Coloquei água prá gelar (evito água plástica), separei frutas e granola, conferi documentos e convocação, separei roupa sóbria e calçado confortável para amanhã. Bicicletarei com o Par até 6 h 20; 7 h 00 estarei a postos.
Eles servem pão murcho com algo... é possível almoçar em casa, contudo sobrecarrega demais quem fica. Desta vez serão muitos candidatos a computar, e suponho filas enormes. Vantagens desse "voluntariado" segundo o site do T.R.E.: dois dias de folga / auxílio-alimentação ($ para almoço)/ convívio social (?)/ critério de desempate em concurso (pro TRE). Já passou da hora de votarmos pela Net...

Fiz charutinhos verdes para a semana. Uma folha de couve sem talo (que coloquei no cuscuz) e colheita dos vasos: azedinha, salsinha, folhas de alfavaca, de abóbora e trapoeraba. Tudo higienizado previamente.
 Já embrulhadinho, pronto para ser congelado e depois deixar o suco bem geladinho. 
Acondiciono em sacos plásticos ou assim; ocupa pouco espaço. O sopão também vai assim. Faço na panela, esfrio em refratário; coloco nas caixinhas e cubro com filme plástico. Semana toda suprida.
Suco verde do lanche matinal que troquei pela habitual banana com granola: o charuto de folhas, casca de banana prata pequena (a Majo vai me bater), melancia ou mamão com casca (coloquei os dois só hoje), o trio limão com casca / lascas de gengibre / urucum. Ao bater, um fio de azeite para as lipossolúveis.
 Não coo, apenas mexo com a colher e retiro pedaços maiores. O da esquerda, com trapoeraba em flor; o da direita,  restinho. 
Claro que só enfeitei para vocês, mas eu sempre bebo tudo - dois copos; por isso serve de café da manhã. Prefiro mais ralinho e bem gelado - desce melhor. Não é tão bom de gosto, contudo traz bem estar!

Domingo é dia comum

Tão comum, que amanhã trabalho 12 horas seguidas nas eleições - das 7 h 00 às 17 h 00. Primeiro mesário. E neste ano, estamos largados à própria sorte. Não tivemos reunião orientativa (exceto presidente de sessão), não recebemos apostila instrutiva - nada! Vamos com a cara e a coragem.
Antes, tenho que procurar por conta, algum respaldo na Net, pois se o presidente se ausenta, EU serei a responsável. Ansiedade pelo peso da responsabilidade? Tanta que "jaquei" ontem e hoje. Conscientemente.
Ontem, peguei na padaria aquele pseudo pão caseiro que me assoviava a tempos. Trouxe o menor, contudo comi a metade sozinha. Hoje? Comecei costumeiramente com suco verde, no lanche matinal outra versão do suco, no almoço um sopão e pedaço de cuscuz leve.
Ah, e depois do almoço... pedi ao Par buscar aqueles doces de boteco... e ele veio com o saquinho pardo repleto - pedi dois, trouxe três. O "Fiotão", chegando exausto da escola (em São Carlos) dividiu. Meia cocada, meio doce de leite... e não dividiu o doce de batata doce!
É esse tipo de perdição que me engordou ano passado (doce de boteco). Comi metade da cocada; não deu. Vai metade do doce de leite. Chega! Antes da escovação fui como predadora no de batata doce, que estava inteirinho.
Depois, totalmente restabelecida e sem culpa, como quem acaba de fazer uma birra, caprichei na escovação, aguardei o suficiente e tomei água de canela, fiz lanche leve a pouco e me restam duas refeições LEVES. Entre elas, água de limão.
Eu nunca acreditei que domingo é dia livre, neutro, para "jacar" à vontade. Nunca fiz isso. Faço o que descrevi - em festas, por ansiedade, por gula mesmo. Contudo, eu faço premeditadamente, e pago em corridas.
A semana será quente: amanhã fico de mesária, na segunda tenho curso à noite, quarta - reunião com pais, semana toda "eventos da criança". Lembrancinhas feitas em casa... não me ponho de coitadinha, porém sou consciente da necessidade de uma "jacadinha" placebo.
Esse é o tal Minion... estou fazendo duas dúzias. Será uma pastinha com jogos dentro. Faltam aqueles olhinhos que mexem e os tais jogos. Nem sei como me submeto a isto sem aptidão. Queria ter feito algo mais simples.
Voto é mesmo instrumento de poder e não democracia. Pensem nisso antes de votar; o que vale é a opinião da maioria e não a sua. Quem perde, fará duas dúzias de Minions... e pronto!

3.10.14

Brisa outonal?

Esse ventinho gelado e estranho após um sol escaldante nestes últimos dias está preocupante... a temperatura máxima que estava em 32 graus, tem ficado em 24.
Na última sexta, neste horário, formava-se um temporal. Na cidade vizinha caíram árvores devido à velocidade dos ventos. O carro do "Fiotão" foi apedrejado pelo vento  "brabo" enquanto ele viajava.
Hoje, felpinhas raleadas de nuvens e nenhuma previsão de chuvas até dia 12... enquanto eu corria ontem à noite, me senti em final de abril, com a brisa fresca me acariciando e um céu estrelado magnífico (na pista é escuro).
Agora a pouco, um copinho descartável desgarrado subiu num tropel este morro íngreme, impulsionado pela ventania. Os coqueiros, lá abaixo, valsam sincronicamente.
O solo das represas e açudes está tão seco que levará um bom tempo apenas no "efeito esponja", onde ocorre primeiramente a umectação total para posteriormente começar a encher.